sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Primeira história de Natal

                                                    



Para quem leu a minha primeira crônica aqui no blog da Marcia vai gostar de saber a história da bicicleta que rodava pelas ruas de Moema!

Essa seria a primeira história de Natal ,eu tinha aí uns 13 anos e apesar de saber beijar na boca e saber sentir aquele frio na barriga quando isso acontecia, eu também amava brincar de casinha. Por íncrivel que pareça fiz isso até os meus quinze anos quando então recebi a visita de um primo postiço que morava no Rio de Janeiro e me pegou de supetão ninando um boneca! Desde esse epísodio embaraçoso e de ouvir aquelas palavras irônicas "-Voce aiiiiinda brinca de casinha?”Acabou .nunca mais brinquei de boneca.
Entao, voltando ao Natal ,a novela que estava passando “A moça que veio de longe”, a protagonista nunca tinha ganho uma boneca na vida, e lógicamente o seu príncipe encantado Helio Souto comprou uma boneca chamada  Amiguinha, ela tinha quase um metro de altura e era o sonho de quase toda menina da época, o meu inclusive. Foi assim que  coloquei na cabeça que queria ela de Natal , mas sabia que era muito cara e meus pais  talves não a  pudessem comprá-la. Na semana da segunda parte do salário mínimo lá foram  meus pais e eu rodar na cidade à procura dos presentes de Natal.Olhei a tal da boneca amiguinha em todas as lojas que visitamos, acariciei, beijei e abracei, mas o preço era danado, não vi nenhuma intenção de comprá-la nos olhos deles  foi então que vi uma bicicleta linda de morrer em uma parte da seção de brinquedos do Mappin. Uma Caloi branca e dobrável, maravilhosa! já conseguia  até me ver pedalando, correndo, indo buscar minha mãe no trabalho, corridas com os meus amigos, buscar canudinho de mamona no côrrego etc. Gente fiquei alí parada sonhando. Sabia que ela seria mais cara ainda que a dita cuja Amiguinha. Não tinha jeito precisava bolar um plano. A minha vontade de ganhar uma boneca era muito grande, mas a bicicleta...

Passeando então entre as pratileiras da Mesbla enquanto meus pais se divertiam olhando mesa e cadeira, uns olhos azuis vidrados estacionaram nos meus . E ela era lindinha, loirinha, buchechuda e metade do preço da outra. Ela se chamava Broto, abria e fechava os olhos o que queria dizer que ela podia dormir à noite comigo e ainda brincar de dia...hummm. Mas e a bicicleta? Daí veio a idéia! E se meus pais comprarem a bicicleta para minha irmã, e a boneca pra mim? Lógicamente precisava convencer eles de que ela gostaria de ganhar uma bicicleta para meus pais comprá-la. Eles irão até sentir orgulho de mim querendo um brinquedo melhor para a minha irmazinha. Mas como eu sei que minha irmã não gosta de andar de bicicleta, eu vou poder andar com ela, e com a boneca.

Foi assim que naquele Natal o presente mais reluzente e maior de todos era o da minha irmã, mas quando eu olhava para os pacotes lá de baixo, eu via dois diamantes preciosos e eles eram todos meus!!

Na mesma hora desmanchei aquele pacote da minha menina linda e loira de olhos azuis, consigo até hoje sentir aquele cheirinho de boneca nova. Quando olhei para minha irmã, e vi que ela não tinha gostado muito do presente, mas mesmo assim pedi a bicicleta emprestada (primeira vez de milhares) e fui na casa dos vizinhos pedalando com a boneca debaixo do braço, afinal eu tinha que mostrar a boneca para minhas amigas e lógico eu disse que a bicicleta foi presente para minha irmã.

No dia seguinte minha mãe estava toda nervosa porque a minha irmã não parava de chorar porque o papai Noel não tinha trazido o brinquedo que ela queria. Nossa fiquei com muito remorso, assim conversei com ela e descobri que o que ela queria meso,era um boneco chamado Gugu. Era  a sensaçao do momento! O boneco que tomava mamadeira e fazia xix! Fui até a Frassati (credito para a minha amiga Iná que lembrou do nome) que ficava na Jandira, e perguntei se eles tinham o boneco e quanto custava, e voltei pedalando logico. Quando contei para minha mãe,ela ficou um pouco contrariada mas concordou em comprar o tal bêbe e no final, minha irmã ficou feliz com o boneco dela que custou um terço da minha boneca, e centavos em comparação com a bicicleta!!! Fiquei muito satisfeita com a bicicleta, a boneca e uma consciência “limpinha” de criança traquina!


texto enviado por: Iara Schaeffer

7 comentários:

  1. boazinha você hahahaha
    traquinagens de menina

    Maria Jose

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  2. rsrsrsr o que não se faz por uma bicicleta, heim?
    terrivel você: quanta imaginação minha amiga

    abraço

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  3. A bicicleta era o sonho de toda meninada, mas custava caro, poucos ganhavam êsse presente no Natal.

    Claudia

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  4. Iara, as lembranças que você suscitou com sua história de Natal dariam para escrever outra história. A boneca Amiguinha que minha sogra, já idosa comprou para ela e foi sua primeira boneca. Ela fazia roupinhas de crochê para a filhinha, como a chamava e quando faleceu deixou para minha filha que ainda a tem.
    Bicicleta: a minha primeira foi uma Caloi montada a duras penas com peças com defeito da fábrica, onde meu pai trabalhava. Não tinha pneus, mas aos 6 anos eu barbarizava com ela pelas ruas barrentas da Vila Carmen. Obrigada! Abraço.

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  5. Olá, Iara...

    Ah, os brinquedos de Natal! Que lindos que eram e que máximo quando ganhávamos!
    Ne fez lembrar de minha primeira boneca e da bicicleta que aprendi a andar...era de meu irmão e ele havia ganho no Natal...
    Belas e rizonhas recordações as suas, heim?!
    Valeu!
    Muita paz!

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  6. Iara,

    Que história...você foi precocemente maquiavélica hem?!
    Nem dá pra imaginar o que aprontou depois que virou gente grande, rsrsrsrs

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  7. Nossa agente teem mesmo muitas histórias de Natal pra reviver ,Lidia walder vc deveria escrever essa história deve ser liinda ...pq sua vó comprou pra ela mesmo uma boneca?!?!Será q tem a ver com a novela tb?!?!?!?

    Sulapiesan,ahhh nem tto assim ...rsrsrsrs minha filha disse que eu era pior que a Monica do Mauricio de Souza ...ainda bem q não tinha um coelho!!kkkk

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