domingo, 25 de novembro de 2012

Brincadeira de rua

                                                JOGO  DE TACO             

                      Nossa  brinquei muito na rua em  que morava  em Moema            

       Eu,a Cecilia do Amaral, Ana Lucia do Amaral, Sandra Salzano,Beth  só  meninas jogando taco e a vizinha do meu lado direito dona Alexandrina não devolvia nenhuma bolinha que caia na casa dela, ela tinha uma gaiola no quintal cheinha de bolinhas nossas, mas era muito bom, isso tudo na Avenida Jacutinga, 117

Maria Cristina Schmidt
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 Acho que eu era a única menina atrevida a entrar no jogo de taco dos meninos da rua Olivia, a minha alegria durava pouco, pois logo eu era expulsa. Daí só de marra  atrapalhava  um pouquinho o jogo dos meninos.
Há muitos anos não vejo alguém jogar taco.

Marcia Ovando

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Imagina só  cresci  vendo os meus 4 irmãos e seus amigos jogando taco, quando faltava gente para o jogo lá ia eu e olha que eu jogava direito. Era bom demais  tinha ate´campeonato  entre as turmas das ruas próximas: Rua Chanés, Avenida Ibirapuera, Avenida Maracatins.

Maria Regina  Bresda

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No meio da rua, que na época era de terra e que sempre tinhamos que entrar na   casa de alguém para recuperar a bolinha.

Marco Otavio Baruffaldi

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Apreciava  muito ver os meninos  jogarem taco eu morria de vontade de jogar mas tinha vergonha de pedir para entrar no jogo

Adelaide

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Eu joguei muito taco...na Rua Ministro Gabriel de Rezende Passos, na época Avenida Tico Tico, ali, em frente onde hoje é o Hospital Alvorada, quando a rua ainda era de terra....onde havia o terreno do Sr. Cardoso, repleto de goiabeira,onde sempre íamos roubar goiabas e fugir do galo que era o cão de guarda... bons tempos

Ronaldo Lippi

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Eu joguei  muiiiitttooooooo! Era bom nisso....kkkk

Fernando Carvalho
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ÔÔÔÔÔH.Quase em frente a sua casa,Um pouco mais para frente,entre a casa do Mario Sérghio e da Laurita.

Pedrinho Pinto da Silva
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Na Normandia faziamos campeonatos incríveis...
Eu e o Sylvinho eramos parceirões!

Fernando Brandão de Carvalho
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Infelizmente,não...

Luiz Saidenberg
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Sim mas muito pouco

Renato Lisi
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Na minha rua  na Alameda dos Anapurus também fizemos muitos campeonatos e também perdemos muitas bolas que caiam na casa  de uma vizinha muito chata que não devolvia de jeito nenhum as bolas acho que ela vendia as bolas que raiva

Anderson Silva
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Joguei muito com seu irmão!

Beto Coimbra
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domingo, 18 de novembro de 2012

Na Avenida Jandira, 49 a Casa Eurico


                        
  

Em 70 anos de his­­tória, a Calçados Eu­ri­co já fez de tudo um pouco pelos seus clientes, ajudou a superar complexos e até salvou casamentos. Especialista em tamanhos grandes, a loja coleciona depoimentos de consumidores agradecidos por encontrar o seu nú­me­ro com a opção de escolha por diferentes modelos. Nídia Rosenthal, uma das herdeiras do negócio, não esquece do cheirinho de maçã que tomava conta da loja toda vez que uma cliente de Fraiburgo (SC) enviava uma caixa da fruta em agradecimento à entrega de um sapato. “Era muita gentileza. A gente estava vendendo e ganhando com isso. É muito bom esse retorno, é como um aplauso para o artista.”

                                                                                                                                                                                   

                                                                             
Terminava o ano de 1936.
E com ele, a vida tranquila de uma família burguesa de um dos maiores centros culturais da Alemanha: Dusseldorf.
A guerra trouxe-a para o Brasil, mais exatamente para uma fazenda de café e algodão próxima a Marília, no interior de São Paulo.
Dona Leonie, contadora formada, assumiu funções compatíveis no escritório da fazenda, e o senhor Erich recebeu o cargo de almoxarife.
Os filhos do casal, Gert, de 9 anos e Hans, de 7, frequentavam a escola da fazenda, que se resumia a uma classe para todas as idades. E cuidavam da limpeza e arrumação da casa.
Em princípios de 1938, a família Rosenthal parte novamente. Desta vez para São Paulo, Capital.
Imagem > família Rosenthal e o amigo Steiner (centro)
A família Rosenthal e o amigo Steiner
(centro)

Dona Leonie logo começou a trabalhar em um banco, enquanto o senhor Erich procurava um local para montar seu próprio negócio.
Um dia tomou um bonde na Praça da Sé. O bonde ia até Santo Amaro, mas o senhor Erich resolveu descer em Indianópolis.
Em meados de 1938...

                                                  Herr  Erich Rosenthal, que nesta época já era chamado de Senhor Eurico, tinha encontrado o lugar ideal para desenvolver seu negócio. Um bairro misto, afastado do centro, tal e qual era sua loja na Alemanha. Só que na verdade, a Avenida Jandira pouco ou nada tinha a ver com a Dusseldorfer Strasse.
Era uma rua de terra, que virava rio em dia de chuva, para alegria da meninada com seus barquinhos de papel. O comércio era mínimo: uma padaria na esquina, um barbeiro, um relojoeiro, uma loja de móveis, uma de uniformes escolares e alguns bazares.
Como disse um pedestre bem humorado, era preciso ter coragem para abrir uma loja naquele fim de mundo.
Mas o senhor Eurico acreditou.
O bairro era bom. Os funcionários das fábricas e indústrias da redondeza eram uma clientela em potencial. Na época, tinha a Metalúrgica Barbará, a Reiche, fabricante de parafusos, a Junker, de fogões, a Sherwin Williams, de tintas, e poucas outras.
A colônia alemã, atraída pela indústria em crescimento, era bastante expressiva.
A linha de bonde Centro-Indianópolis fazia seu balão de retorno praticamente na porta, o que era garantia de movimento. E o que era mais importante: não havia na região nenhuma loja de calçados.
Mas tudo isto não significava, de modo algum, que os negócios seriam fáceis.
No Brasil, as coisas funcionavam de forma um pouco estranha aos modos germânicos do senhor Eurico.
A pontualidade não era prática muito difundida no país, qualidade não era a principal preocupação dos fabricantes de calçados, e a pechincha era uma mania nacional.
Aos poucos, com o apoio da família, e a vivência do amigo e funcionário Jacob no ramo de calçados, o senhor Eurico foi descobrindo as manhas do negócio made in Brasil.
Seguindo os palpites de Jacob, o senhor Eurico aprendia a comprar a crédito de bons fornecedores, dona Leonie fazia clientes respondendo à pechincha com pequenos descontos, e os filhos divulgavam a imagem da loja distribuindo folhetos de propaganda.
No dia 24 de dezembro de 1938, absolutamente contagiado pelo jeitinho brasileiro, o casal esticou o expediente das seis e meia da tarde até altas horas da noite, para atender os retardatários do Natal.
Resultado: antes da Missa do Galo, a Casa Eurico cantava seu primeiro recorde de vendas: um conto de réis num único dia. A façanha se repetiu no carnaval, registrando a maior venda de tênis do ano.
E assim, sempre atento às oportunidades, o senhor Eurico começou a praticar o marketing numa época em que a palavra não existia, nem mesmo no dicionário.
Arrematou um lote de calçados masculinos número nos tamanhos 43 e 44, anunciou no jornal alemão e vendeu tudo em poucos dias.
Ele tinha acabado de descobrir um segmento novo e inexplorado no ramo de calçados: o dos sapatos de números grandes, que a Casa Eurico lidera até hoje.

A loja no bairro

Imagem >No fim dos anos 40, São Paulo já era o maior centro industrial da América Latina. Para ter sucesso no comércio era preciso oferecer produtos diferenciados, vender status e fazer propaganda.
A Casa Eurico aumentou suas vitrines e ganhou uma bela marquise na entrada, sinal da arquitetura dos novos tempos.
Os anúncios veiculados no jornal alemão e no rádio se incumbiam de trazer a clientela selecionada.
O carrossel infantil instalado bem no meio da loja trazia crianças com suas mamães a tiracolo.
Mas, segundo o senhor Eurico, a alma do negócio continuava sendo dona Leonie.
Gert e Hans, os filhos do casal, já não trabalhavam na loja: Gert emigrou para os Estados Unidos, onde vive até hoje, e Hans se formou Engenheiro Civil e seguiu sua carreira em São Paulo.
Nesta época, o casal Eurico e Leonie dividiam a responsabilidade e o trabalho com alguns funcionários competentes e dedicados.


imagem >Com a construção do Shopping Center Ibirapuera, Moema perdeu sua dimensão regional para se tornar um bairro metropolitano. As casas foram cedendo seu lugar para lojas e edifícios. Aumentou a população local, e gente de toda a cidade passou a frequentar e comprar no bairro.
Era preciso modernizar a imagem da Casa Eurico.
Um belo banho de boutique, e a loja abriu suas portas para uma nova clientela, vinda de todos os cantos da cidade.
Aos sábados, a loja ficava tão cheia que as pessoas se aglomeravam à porta. Um sucesso que infelizmente o senhor Eurico teve pouco tempo para saborear. Com sua morte em 1976, o senhor Guimarães, gerente da loja desde 1964, passou a ser o braço direito de dona Leonie, ajudando-a em todas as transações com fornecedores. O filho Hans passou a assessorá-la na coordenação e solução de problemas administrativos, e sua nora, Liliana, auxiliou-a nos serviços de escritório por alguns anos.

Novos tempos

Em 1990, já com 90 anos, Dona Leonie achou que era hora de se aposentar. Seu filho Hans assumiu, então, a direção da loja ao lado das filhas e do Sr. Guimarães. No final de 1999 mais uma reforma fez com que a Casa Eurico se tornasse muito mais ampla, bonita e moderna.

Hirany Guimarães Moreira é uma espécie de braço direito da empresa, um dos entusiastas e responsável em tornar a loja exclusiva para pés grandes.Conhecido como o senhor Guimarães êle é funcionário desde 1961 quando tinha 21 anos.
Betty é uma campeã de vendas da loja e trabalha na empresa há quase  50 anos.
Casa Eurico  na sua terceira geração: administrada pelas irmãs: Claudia, Nidia e Vera Rosenthal netas dos fundadores.


fonte: site Empreendedor e  Casa Eurico

Marcia Ovando
                                                                          

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Avenida Ibirapuera

                Avenida  Ibirapuera em frente ao Hospital Alvorada,  na foto Ricardo Lippi, ano 1970

foto de Mario Lippi

arquivo: Ronaldo Lippi

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Uma casa em Moema

Uma casa em Moema  perto da Alameda dos Anapurus que, ainda resiste bravamente ao tempo e ao crescimento do bairro.



Marcia Ovando

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Desejos



Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na tv
Ter uma palavra especial
E que ela goste de você
Música de Tom e letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ver a banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca,nem jamais e adeua.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco,
Bolero de Ravel
E muito carinho meu

                                   CARLOS  DRUMMOND DE ANDRADE