sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nossa primeira TV, raçuda durou 17 anos

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Para falar sobre o assunto tive que retroagir minhas lembranças em muitas décadas até me recordar da primeira TV que vi funcionando, afinal só na casa da minha avó havia o moderno equipamento e eu , portanto, era uma mera teleneta. Devo me desculpar por não saber mencionar a marca do televisor, ou quantas polegadas tinha aquele aparelho magnífico, que nos anos 50 passou a ocupar um lugar de destaque na sala de visitas da casa da vó Zefa, na Praça da Sé.

Ali aos domingos, eu, meus irmãos e primos organizávamos, ou melhor dizendo, éramos organizados pelos adultos, sentadinhos em cadeiras enfileiradas como num cinema, para esperar quietinhos (não estou delirando) pelo início da programação televisiva dos poucos canais que existiam. Depois de longa espera assistíamos fascinados às malvadezas do pica-pau e loucuras de gato e rato do Tom e Jerry, mesmo sem entender uma palavra dita, já que ainda não havia dublagem. Pronto, com tal confidência acabei de entregar o quando as crianças de outrora eram encantadoramente ingênuas e passivas.
a criançada prontinha para assistir os desenhos na TV,eu sou a de laço branco nos cabelos 
Vale descrever o aparelho de TV que era grande, disso me lembro e ficava um tempão exibindo uma tela fixa em preto e branco estampando um curumim, que nunca saiu da minha lembrança. Sem dúvida, havia outras coisas muito legais para ver na televisão, sempre com a permissão dos mais velhos, como o circo do Arrelia e a Ginkana Kibon, mas isso aconteceu bem depois e noutro canal.

Voltando aos aparelhos de TV da família, quando meus pais puderam comprar um para nossa casa, este veio importado dos EEUU (coisa muito chic e incomum, pelo menos para famílias como a nossa) causando um delírio. É fato que considerando o custo e o modo como chegaria até nós (na bagagem de um tio), meus pais tiveram que optar por uma televisão portátil, mas tão boa e raçuda que durou 17 anos, sem precisar de reparos. Pena não termos tirado fotos dela, quase um membro da família.

Este assunto renderia muitas linhas mais, mas creio que o que contei já ilustra bem a relação das famílias com o aparelho de TV numa época em que o rádio ainda imperava e as crianças literalmente brincavam de modo muito diferente do que vemos acontecer hoje.


texto escrito por: Suely Piedade Santos














quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A TV em nossas vidas

Com relação a minha primeira Tv (nunca se esquece) foi  da Marca Admiral com 17 polegadas e adquirida de segunda mão de um conhecido de meu pai.

Foi uma festa lá em casa, pois passamos da qualidade de "televizinhos” á proprietários; Isto estou falando da década de 60, bem antes do advento da tv colorida.
E falando em colorido, na época existia um plástico com três faixas em cores primárias, que algumas pessoas, fixavam em seus televisores para adquirirem colorido em suas programações.

A qualidade da recepção de imagem era muito ruim, o que fazia com que muitas vezes colocássemos em nossas antenas internas uma palha de aço (bombril tinha mil e uma utilidades, diga-se de passagem menos esta de melhoraia da imagem), e muita gente caiu do telhado tentando obter uma melhor posição da antena externa.

Voltando a chegada de nossa Tv, lembro me que os programas começavam quase na hora do almoço e encerravam-se pela meia noite, e que muitas vezes acordávamos com os chiados pois os canais deixavam de transmitir suas programações.

E na época a Tv Tupi e Record foram as pioneiras, depois surgindo a Paulista hoje Globo, a Bandeirantes, Manchete hoje Rede TV e Cultura.

Adorava, assistir a programação infantil como Pim Pam Pum, Pullman  Jr., Rin tin tin, Lassie, Ivanhoé, Guilherme Tell, Fiuri o Cavalo Selvagem, Zorro, Ginkana Kibon e um pouco mais tarde um seriado totalmente brasileiro e bem produzido que era O Vigilante Rodoviário com seu cachorro lobo, e que terminavam sempre com nossa alegria, com a propaganda dos cobertores Parayba, que impreterivelmente as 21,00 horas nos mandava para cama.

Papai e Mamãe gostavam da TV de Comédia ou TV de Vanguarda que se revezavam semanalmente na TV Tupi.

E aqui escreveríamos folhas e folhas, do saudoso, puro e delicioso primórdios tempos da nossa TV.


texto escrito por: Luiz Boz

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A minha primeira TV

Logo depois de ser inaugurada a televisão em 18 de Setembro de 1950, vi pela primeira vês na casa de uma vizinha. A primeira imagem foi da TV Tupi onde Mazzaropi  fazia um carrinho com um cabo de vassoura e uma tampa de lata de cera. Eu era televizinho como se dizia.
Somente em 1957 foi que meu pai comprou um aparelho de televisão. Um dia passando pela Tevelandia  uma loja da Avenida São João, cujo proprietário era seu amigo, ele ficou olhando a televisão exposta na vitrine  e o  dono da loja falou: Vai levar a TV, seu Angelo? Paga aos poucos e tudo bem!
Eis que um belo dia aparece em casa um tremendo aparelho  de TV  preto e branca, importada da Inglaterra da marca Windsor,  que a fabrica aqui no Brasil ficava na Rua Yaiá Itaim, com uma imagem bastante nítida e que por muitos  anos ficou sendo nossa diversão e ela foi até 1974, quando já estava no crepúsculo de sua imagem. Tinha também a TV Invictus, totalmente nacional,  e depois a Philco que tomou conta do mercado.
Até então eu era tele-espectador de Bar assistindo jogos de futebol aos domingos, não era qualquer um que podia ter um aparelho de TV. Quando a TV chegou lá em casa, chegava também os tele-vizinhos, (crianças) que vinham toda tarde para assistir o programa de desenhos patrocinado pelo bolo Pulman, que era apresentado pela dona    Maria Aparecida Bax que mais tarde ficou sendo a famosa dona Maroca na novela redenção, da TV Excelsior. Aos sábados novamente visitas para ver televisão, todos queriam ver o Almoço com as Estrelas, alguns jovens iam mais para ver a Amelinha, uma garota propaganda da TV Tupi. Um chuchuzinho de garota, um colírio para os olhos vidrados nela.
Mas para nos “garotos" o futebol era o que mais interessava. Aos domingos as cadeiras eram colocadas e algum vizinho trazia de sua casa. Em dezembro de 1977 a casa estava lotada, ainda bem que a sala era grande, a televisão estava mostrando o jogo Corinthians x São Paulo,  e dali sairia o campeão paulista daquele ano. Eu estava de camarote já que meu time Palmeiras, estava fora da disputa, foi um jogo nervoso que tinha moleque roendo as unhas, e minha mãe fez uma limonada para ver se tiravam os dedos da boca. Tinha dois sampaulinos e três corintianos que choravam copiosamente depois do jogo.
No campeonato mundial de 1974 a nossa Windsor estava cada vez com menos luminosidade, então veio a Philco Ford, que tinha uma imagem muito bonita, mas nos compramos uma  TV da marca Sanio  que  tinha imagem  forte que até prejudicou um pouco a minha vista e demorou um pouco para eu acostumar com a nova imagem.
Um dia essa TV foi presenteada compulsoriamente há um ladrão que entrou em casa e a levou, juntamente com ela também o aparelho de som. Depois compramos uma Sharp, por ultimo uma Philips que  esta, muito bem, obrigado.

aparelho de tv da marca Invictus  década de 50


                                                                                                                                 
           
                                      
Maria Aparecida  Baxter


escrito por: Mario Lopomo



























domingo, 25 de setembro de 2011

Nossa primeira TV

Estávamos em 1950, meu pai já havia falecido depois de longos anos de uma enfermidade, até aquela época, incurável, o que esgotava todos os recursos disponíveis. Eu e meus dois irmãos já trabalhávamos e minha mãe costurava para parentes e visinhas.

Chegando o fim do mês notamos que havia uma folga no orçamento que possibilitava a compra, a prestação, de nossa primeira TV. Devido à propaganda, fomos à Sears, do Paraíso.

Após escolher fomos encaminhados pelo vendedor ao setor de crédito. Nossa ficha não foi aprovada, pois era a primeira vez que iríamos comprar "a prestação" e a documentação que apresentamos era insuficiente. Saímos arrasados, mas minha mãe, mulher de fibra, não se conformou e partimos para o centro da cidade, onde havia outras lojas.

Descendo a Conselheiro Crispiniano, chegamos até a São João, altura do largo Paissandu. Ao dobrarmos a esquina, à esquerda, vimo-nos em frente a uma loja de eletro-eletrônicos, a Natal Elétrica. Paramos observando da calçada, os artigos à venda, entre eles a cobiçada TV.

Logo um senhor, vindo lá de dentro, perguntou o que estávamos procurando. Minha mãe explicou tudo, inclusive o ocorrido na Sears. Após alguns minutos de reflexão ele perguntou qual TV queríamos. Não tínhamos qualquer idéia sobre marcas. Enfim acabamos comprando uma Emerson de 17 polegadas.

Foi assim que deixamos de ser "televisinhos" e passamos a receber os visinhos e amigos para assistirmos, durante muitos anos e em preto e branco, aos programas da época. Essa é a história da nossa primeira TV.

texto escrito por: Adelmo Vidal

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

..e outras histórias: A rua mais bonita de Porto Alegre

Rua Gonçalo de Carvalho, região central de Porto Alegre

Em quase 500 metros de calçadas, estão enfileiradas mais de 100 árvores da espécie TIPUANA, que foram  plantadas na década de 1930 por funcionários de origem alemã que trabalhavam em uma cervejaria no bairro.que chegam a alcançar o sétimo andar de alguns edifícios. Em 2005 a construção de um shopping trouxe o risco de mudanças desse cenário, o que levou os moradores a se mobilizar.Fotografias circularam entre os grupos ambientalistas e o "túnel de árvores" se tornou cada vez mais conhecido. Em 2008, um biólogo  português viu as fotos e escreveu em seu blog que era a rua mais bonita do mundo, o apelido pegou e a rua ficou famosa na internet.
A divulgação deu certo: o calçamento de paralelepípedos foi mantido e nenhuma árvore foi derrubada.



A  RUA GONÇALO DE CARVALHO  foi declarada  " PATRIMÕNIO AMBIENTAL"


                                                                   

Fonte : Folha de SP
fotografias: Jefferson Bernardes

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

....as amigas da Avenida Jurucê

as  amigas Valderez e Ana Mare, Avenida Jurucê ,em 1968

Ana Mare e eu em 1968, lá no fundo aparece uma fábrica  onde hoje tem um prédio de 20 andares

as amigas Valderez e Ana Mare em frente a casa número 541 da Avenida Jurucê em 1968,hoje nesse local existe uma boutique

Valderez e eu éramos vizinhas:  a minha casa era a de número 563 e a da Valderez a de número 541, na Avenida Jurucê, nossas casas eram separadas apenas por um terreno baldio onde hoje tem um salão de cabelereiro,uma loja de roupa infantil e no andar superior funciona um escritório de contador.A Ana Mare morava do outro lado da rua perto da fábrica onde hoje tem a padaria.A Ana Mare era chamada assim porque sua mãe era espanhola e não falava Ana  Maria e sim Ana Mare(com ênfase no a).
Minha mãe mora em Moema até hoje . Fui morar em outros lugares e hoje estou de volta para a maravilhosa   Moema!

fotos,texto enviados por: Silvana Miani

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dona Lurdes e suas flores

Era num espaço da pequena travessa da Rua Periquito, cujo nome não me recordo, que dona Lurdes vendia suas flores.A avenida Santo Amaro não tinha trânsito e a Hélio Pelegrino nem existia.
Dona Lurdes era uma portuguesa  falante,por vezes ríspida com sua freguesia e durona em demasia com suas funcionárias,uma negociante de mão cheia que sabia vender suas flores, como ninguém!Seu estabelecimento era super simples, bem rude mesmo e uma aguaceira misturada com folhagens ,espinhos ,papel e fitas   tomavam conta do chão,constantemente.
Sua freguesia era grande,formada pelas pessoas do bairro, das ruas próximas e até dos bairros distantes.
Alguns amigos meus tinham muito carinho por dona Lurdes, pois ela os ajudava na escolha das flores para as namoradas, para as paqueras e, também para as futuras sogras e com paciência ela ouvia suas lamúrias, suas confissões de amor e, por fim depois de muito chororô e blá blá blá dos meninos  ela acabava dando um  desconto e às vezes deixava o valor pendurado para ser pago na próxima compra.
Ah! quantas meninas em suas festas de 15 anos receberam seus arranjos!Eu mesma na minha festa tive minha casa repleta de seus arranjos variados e ramalhetes com rosas vermelhas e  brancas.
Minha mãe costumava receber muitas flores, quase sempre compradas na dona Lurdes, dos pretendentes de suas filhas!O meu pai se divertia, pois era uma competição para ver quem mais agradava a "sogra".
Durante muitos anos dona Lurdes reinou no mundo das flores por sua simplicidade,pelas flores sempre bonitas e pelos seus preços, na época imbatíveis.Todos os dias já de madrugada lá estava ela tirando os espinhos das rosas, ajeitando as flores frescas nos baldes com água e,assim  seu dia corria com muito trabalho , sem descanso e sem hora para fechar,principalmente nos finais de semana.Não se cuidava e passava  praticamente o tempo  todo com suas roupas, avental e os pés encharcados de água.
E num dia qualquer soubemos que a portuguesa dona Lurdes havia deixado de reinar entre suas flores e fregueses.
Correu pelo bairro o falatório de que um sobrinho,seu único herdeiro,assumiria seu estabelecimento.
Depois de alguns anos o espaço da pequena travessa da rua Periquito virou uma grande floricultura.

texto de: Marcia Ovando

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rua Juriti

                                         O Ipê amarelo  da  Rua Juriti               

foto enviada por: Lidia Walder

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um pouco sobre o bairro de Moema

....fiquei muito contente em  por poder agora fazer uma imersão ao passado e falar um pouco sobre o bairro de Moema , que sem dúvida para quem viveu a infancia e adolecencia no Campo Belo tem experiencias também neste magnifico bairro...só para começar eu queria e preciso informar sobre a minha visão geográfica de Moema,  é muito maior do que as pessoas podem imaginar...na minha experiencia daquela época eu já considerava Moema a partir da divisa com o Campo Belo alí nas margens do córrrego da traição aonde é hoje a av. dos bandeirantes, sendo assim eu sempre considerei que a partir da av. Ruben Berta , descendo até a av. Santo Amaro já era Moema, pegando alí a Vila Helena, parque dos Eucaliptos e Jardim Novo Mundo, depois alí do canal 7 (record, ,jovem pan, tv mulher etc.) nem sei  o que é lá hoje, subindo até a av. Indianópolis também é tudo Moema, e em frente ao canal 7 , do lado de lá da Ruben Berta aonde era a Cruz Vermelha e hoje é o Hospital dos Defeitos da face até o Clube Sirio, era já o Planalto Paulista, e do outro lado aonde tinha o córrego Uberabinha aonde é hoje a av. Hélio Pelegrino bairro que é chamado Vila Uberabinha para mim também era Moema, fazendo divisa com a Vila Nova Conçeição na av. Afonso Brás... Moema para mim inicialmente sempre teve o seu centro na igreja Nossa Senhora Aparecida, a igreja de Moema, foi alí que todos de minha família se casaram, pais, tios primos etc...eu tinha que ser o que contrariou a todos, pois me casei na igreja Nossa Senhora da Esperança, na av. dos Eucaliptos  que também é Moema, quem fez o meu casamento foi o padre Spolt, sendo assim a minha certidão de nascimento bem como a de casamento estão lavradas no Cartório de Indianópolis que é Moema...aliás esse negocio de Indianopolis e Moema sempre foi muito engraçado, pois um lado do bairro as ruas tinham nome de indios e de outro lado tem nome de pássaros....os meus avós , já falecidos, moravam na rua Periquito a 50 metros do córrego Uberabinha mas para mim alí sempre foi e é Moema, ainda mais por a rua ter nome de pássaro...rs...  além da igreja de Moema que sempre foi muito importante para a família, a minha infancia é marcada por estar sempre em Moema, as primeiras matines nos domingos a tarde e os cinemas  estavam todos em Moema, o cine Jurucê ( que muitos chamavam de pulgueiro...rs...)  o cine Joá na av. ibirapuera que foi o que eu mais frequentei e muitas vezes ia de bonde , até meados de 1968 , depois disso ia de carro quando o meuu pai nos levava, eu e meus irmãos ou íamos de onibus ( dos onibus quero u parágrafo a parte rs...) , também o cine Grauna na v. Sto Amaro , e até quem sabe o cine Vila Rica na Santo Amaro só que ali já era a Vila Nova Conçeição, se bem que quando se ia ver um filme por lá estava toda a turma do
Campo Belo e Moema...Muitas vezes, principalmente na época de férias escolares, saia da rua Edson no Campo Belo ia ia atá a casa da minha avó na rua Periquito e ia de bicicleta e as vezes a pé e sempre ziguzagueando pelas ruas de Moema, já naquela época gostava de pegar a av. dos Eucaliptos para poder passar pela rua Normandia, que naquela época era uma rua 100% residencial e já era muito bonita, valia a pena passar por lá...

texto enviado por: Wilson Fernando Borges

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de setembro

                           MEMORIAL  DE 11 DE SETEMBRO  

                                é iluminado  por   canhões                         
                                  
                                                         


                                                globo.com                                 
                                                  

sábado, 10 de setembro de 2011

....e outras histórias

                                         38a.  FESTA  DE  SAN   GENNARO        
                                              
                                        VIVA SAN  GENNARO  E  AS MAMAS     
                                                                     


Começa hoje na Mooca, zona leste e vai até o dia 9 de outubro a sempre animada Festa de San Gennaro!
As mamas trabalham quase que 18 horas por dia na preparação dos deliciosos pratos.
As mamas preparam: 5mil pizzas,11 mil fogaças,50 ks de polenta
Por dia são vendidos quase 3 mil pratos de comida.
A mama Fortunata Gajanigo, dona Nata como gosta de ser chamada é voluntária desde a primeira festa.



Vale a pena participar!



                                                                     

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Casas da Avenida dos Eucaliptos

                                                     
                                                           DEMOLIÇÃO


                                         Casas pré fabricadas trazidas da Inglaterra pelos operários da ferrovia por volta de 1895
E  lá se vão as casas da Avenida dos Eucaliptos esquina com a Avenida Ibirapuera.Certamente se elas estivessem em outro lugar do mundo, teriam sido tombadas há muitos anos. Valorizar,respeitar a história de um lugar é muito importante: preservação da memória!Marcia Ovando



foto enviada por: Lidia Walder
                                                        

Jogando nos cavalos em Moema

O jóquei clube de São Paulo para facilitar a vida de seus apostadores passou a partir dos amos 1970, aumentar o numero de agencias de apostas que antes se limitava a “quitandinha” agencia única de apostas fora do Prado. Essa agencia ficava no prédio de propriedade do Jóquei na ladeira Porto geral esquina com a Rua XV de Novembro.
Moema teve sua agencia (que anos antes era chamado de Bookmaker). Essa agencia ou Bookmaker do Jóquei ficava na Avenida Ibirapuera quase na esquina da Praça Nossa Senhora Aparecida, a poucos metros da igreja da nossa mais querida Santa.  Era um armazém grande com mesas, um bar para vender cervejas e refrigerantes a também sanduíches, no alto da parede alguns aparelhos de televisão ligados na TV Jóquei e, era como se estivéssemos no próprio jóquei clube, então de segunda a domingo exceto na terça feira, tinha corridas e os assíduos freqüentadores lá estavam fazendo suas apostas. Os apostadores em corridas de cavalos são 99% de homens. As poucas mulheres que vão ao jóquei são para fazer companhia a maridos ou namorados, e também dão seus palpites nunca de acordo com o gosto dos homens que se julgam autênticos catedráticos no esporte das rédeas. Mas é bom não desprezar palpites de mulheres porque zebras também aparecem cruzando o disco. La no Jóquei uma moça estava com seu namorado e disse em tom alto: Benhê joga naquele cavalinho marrom com uma mancha branca. Catedráticos que estavam ao lado botaram a mão na boca para não rir alto. Se o namorado jogou ou não, ninguém ficou sabendo, Oe que estavam ao lado muito menos, pois se tratava segundo a pedra de apregoação era a maior zebra do páreo, e assim ficou até o fechamento do páreo.  Quando os cavalos estavam perto do disco aquele cavalinho marrom estava na frente a dois corpos de vantagem pagando uma poule astronômica.          Daí para frente os “irônicos risonhos” não saiam do lado do casal de namorados para ouvir outro palpite, só que ela pegou o binóculo e ficou deslumbrada com a paisagem do jóquei que não prestou mais atenção nas corridas.
Em Moema tinha uma apostadora fiel. A dona Marlene, mais fiel turfista do que a maior torcedora do Corinthians. Ela era a primeira a chegar ficava sempre na primeira mesa quase de baixo do aparelho televisor. Estava sempre com a revista Corridas em Cidade Jardim, com varias anotações dos cavalos que poderiam chegar em primeiro, ou em segundo lugar, para uma a posta no placê. De vez em quando ela levava o marido. Marlene era uma autentica catedrática em corridas de cavalos. Era difícil ela não ir ao guichê receber um dinheirinho, já que ela jogava uns trocadinhos. Para ela é melhor ganhar pouco do que perder muito. Muita gente não gosta de ir às agencias, preferem ver ao vivo e em cores nas arquibancadas do Joquei, principalmente a partir dos anos 1990, quando as arquibancadas especiais para os “bacanas” foi liberada ao povão.
Eu desde criança ia ao jóquei junto do meu pai. Eu e meu irmão ficávamos catando poule no chão enquanto meu pai e seu amigo jogavam. Eu entendia de tudo em corridas de cavalos, pois desde os 10anos de idade marcava os cavalos para ele que ia trabalhar na Ximbica da Rua Joaquim Floriano. Para quem não sabe Ximbica era uma Bookmaker, o mesmo que as agencias do jóquei. Só que clandestina. Coisa que o Jóquei proibia por que tirava os apostadores do Prado. Também a transmissão das corridas que a radio Excelsior tirava os apostadores segundo os dirigentes, por isso foi proibida a entrada do locutor Vicente Chieregatti, para fazer a transmissão, mas os ouvintes do turfe não ficaram sem ouvir. O locutor da Radio Excelsior alojou no morro que ficava a frente do Jóquei e com seu potente binóculo transmitiu normalmente, então os dirigentes do jóquei permitiram que ele voltasse a ocupar a cabine de transmissão. Em 1953 num feriado de 1º de maio, com céu azul, um verdadeiro convite há uma bela tarde no Jóquei, fui com meu pai que estava com um amigo. Logo no primeiro páreo corria um cavalo de nome Cyro, montado pelo bridão Pierre Vaz. Falei pai joga no numero um, esta em boa baliza deve ganhar. Cala boca moleque, não fica dando palpite errado. Corrido o páreo, Cyro chegou ao disco com vários corpos de vantagem. O amigo do meu pai olhou pra ele e disse: E agora amigo? Daí para frente eu como filho de turfista me tornei “um turfista”.
Todos os dias de corridas, a gente ouvia sempre a mesma ladainha, antes de correr o primeiro pareo: Hoje arrebento o, Ú do Jóquei!

texto enviado por: Mario Lopomo

terça-feira, 6 de setembro de 2011

... turma da pracinha


aniversário de 15 anos da Yara Leal de Carvalho,em 1974

Marcelo Freitas Guimarães

rsrsrsrsrs  Ivan,Marcio,Marcelo,Yara,Rose



Prontinhos para o baile do Clube Banespa,em 1971
Beto Coimbra,Maria Silvia(Pi),Altivo Ovando Jr.(Vivo),Elizabeth Castellari,Dante Pinotti,Maristela Coimbra(Telinha) e Marcelo Freitas Guimarães
Rua Elias Fausto

Yara e Maria Silvia(Pi)

Todos lindinhos para o baile da Casa de Portugal,em 1965
Yara,Sonia Allegro,Maria Silvia(Pi) e Gustavo de Carvalho Leal

fotos enviadas por : Yara Leal de Carvalho

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Iara Schaeffer passeando em Campos do Jordão











                                                                                     




Capivari: Debora Manes,Lili,Iara Schaeffer e eu


fotos enviadas pela fotógrafa: Iara Schaeffer
agosto/2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Lembranças de Moema

Quando tinha uns 3 anos mudei com meus pais para um apartamento em Moema. Lá nasceram minha irmã, Juliana e meu irmão, Tiago.
Lembro da banca de jornal do Sr. Nelson, onde a gente ia comprar revistinhas e figurinhas. Da padaria Dengosa, na Canário, onde a gente comprava pão e depois eu trocava cheques por dinheiro quando precisava. Naquela época ainda não existiam os caixas eletrônicos...
Lembro da farmácia do Sr. Valter e do posto de gasolina Canarinho.
Lembro da quitanda da Inhambu, onde eu ia comprar verduras na última hora para o almoço... E do Pereira, um mendigo que dormia no bar da esquina e que adorava ficar olhando as grades da casinha do lixo do prédio...
Lembro da Móbile. A escola onde toda minha família estudou. Menos eu. Todo fim de ano eu implorava para a Maria Helena fazer uma série para mim, mas nunca dava certo! Eu estava sempre 1 ano à frente da escola. A minha família dominava a escola. Em cada classe tinham 2 ou 3 primos e ainda tinha a tia Lúcia, irmã da minha mãe, que era professora. 10 primos irmãos, fora os primos de segundo grau e os agregados. Era uma farra!
Lembro de andar muito a pé por Moema. Minha avó morava na Rouxinol e minha melhor amiga, a Marina, morava na Iraúna. Lembro de ficar horas conversando com ela pelo telefone. Horas e horas. Às vezes ela ficava estudando piano na casa dela e eu ficava ouvindo pelo telefone... Minha mãe queria me matar quando chegava conta...
Olha o telefone com fio!                                           
Lembro da loja de plantas/escritório da minha mãe, a “Verde que te quero verde”, na Bem-te-vi. A loja era super charmosa. A Bem-te-vi ainda não tinha nenhuma loja de sapatos...
Lembro do Marcelo do Jepp. Um cara bonitão que vendia sanduiches naturais e que fazia o maior sucesso cada vez que aparecia! Não lembro do gosto dos sanduiches, mas lembro que ele era um verdadeiro colírio...
Lembro que onde hoje é a av. Helio Pelegrino, era um córrego, o córrego Uberabinha. Mais um córrego que foi soterrado e ficou escondido na cidade...
Lembro que fiz o colegial no Galileu Galilei, que ficava na minha rua. A escola era pequena e não tinha quadra de esportes. Então fazíamos as aulas de educação física no Parque Ibirapuera. Era uma curtição ir andando da escola até o parque! Duro era voltar para a escola e ainda ter que assistir aula. Dava uma vontade danada de ficar curtindo o parque...
Lembro do bazar que virou loja. Mais um empreendimento da minha mãe, desta vez em parceria com a minha tia Luciana. Esse bazar não tinha nome. Era “O Bazar”. E tudo o que era vendido lá, estava em consignação. Móveis, tapetes, chocolates da Anusha, bolachinhas caseiras divinas, roupas (que eu e minha irmã vivíamos provando...), cremes, perfumes, cosméticos e lenços importados que eram trazidos por uma aeromoça, malas e bolsas de couro, sapatos, flores... Enfim, tinha de tudo! E tinha também a Kelly, a manequim, que era nossa boneca, e sempre estava de roupa nova. Ela ficava numa parte da casa que tinha um jardim interno. Muito lindo! À tarde sempre tinha um chazinho com bolachinhas e às quartas à noite rolava um happy-hour com whisky e petit-fours. Era uma festa! As pessoas iam comprar um presentinho e ficavam batendo papo, fazendo confissões... O bazar que nasceu como bazar de natal, fez tanto sucesso que durou uns 3 anos.
Lembro do busão de Moema. O 875C Santa Cruz-Lapa, o ônibus da galera, que saia da esquina de casa, ia para o Shopping Iguatemi e até a casa do meu namorado (meu marido) no Alto de Pinheiros.
Lembro do prédio onde morei. Quando mudamos o prédio era um dos únicos da rua. Moema não era esse paliteiro cheio de prédios que é hoje... Eu tinha várias amigas: a Natalia, uma argentina que morava no primeiro andar, a Andrea do sétimo, as gêmeas Ligia e Luciana do primeiro, a Mariana do 11... Era bem divertido. Era um tal de sobe e desce elevador o dia inteiro...  E o pátio? Ah, que delícia! Lembro de andar de bike, de brincar de esconde-esconde, de pular corda... Mas o ponto alto era o labirinto colorido que está lá até hoje!
                                                                                                      



texto e fotos enviados por : Nô Figueiredo

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Terrenos baldios


Nos anos 1950 os terrenos baldios era o corte de um longo caminho, o que hoje não temos mais. Da Vila Olímpia até o Itaim, havia vários terrenos com as picadas (caminhos formados pela passagem de muitas pessoas) Isso evitava uma pessoa andar cem ou duzentos metros a mais. Da Rua Elvira Ferraz, até a Avenida Imperial, (Horacio Lafer) muitos terrenos encurtavam o caminho. Caso não houvesse esse corte de caminhos por terrenos baldios, teríamos que ir até a Rua Pequena (Rua Professor Atílio Inocente) para chegar até a Rua da Ponte (Clodomiro Amazonas). Mas duro mesmo era subir o ladeirão que dava acesso ao Morumbi, saindo da Praça Américo de Moura, à esquerda, já que a direita vai ao Jóquei Clube. Esse caminho eu fiz durante muitos anos desde garoto quando corria atrás de balão, e depois quando trabalhava na radio bandeirantes.
Do outro lado da cidade, quando a gente ia a TV Record no bairro aeroporto, assistir as lutas livres, aos sábados à noite, ou a Gincana Kibon aos domingos à tardinha, a gente subia a Rua Alvorada, e depois a Avenida dos Eucaliptos até a emissora que ficava próximo ao aeroporto de Congonhas. Era uma caminhada de mais de um quilometro, mas valia à pena, pois o programa Gincana Kibon era muito gostoso de assistir. O programa era apresentado por Vicente Leporace e tinha como coadjuvante Clarice Amaral, que Leporace a chamava de Miss Kibon.
Na volta à turma formada de pelo menos cinco pessoas, todos bagunceiros, a coisa era caso de policia, sempre tinha um atirando pedra em uma vidraça, e quando ela era quebrada todos corriam. Um domingo fomos ao salão da Criança, e na volta o Álvaro o mais bagunceiro, atirou uma pedra bem grande que estilhaços uma parede de vidro de um terraço. Todos correram menos ele que tinha atirado a pedra. O homem espumando veio pra cima dele. Você viu quebraram a vidraça da minha casa! Eu vi, olha que covardes. Atiram pedra e depois todos correm. Deviam ficar aqui para se responsabilizarem que o estrago que fizeram, disse Álvaro na maior cara de pau. Isso sem dar um pingo de risada.
O tempo passou os terrenos foram ocupados pelo progresso, primeiro construíram casas ou sobrados. Depois veio o boom imobiliário e os prédios tomaram conta, quase não se mais residências térreas. De Moema ficou a lembrança da Fiação Indiana, onde hoje é o Shopping Ibirapuera, Tinha a torre da Aeronáutica e um belo campo de futebol ao lado. De tudo somente ficou a torre, e a lembrança de uma Moema com ruas de terra, da poeira na estiagem, e do barro nas chuvas de verão, e do bonde que foi extinto em 1968, com ultima viagem feita com um passageiro ilustre, o prefeito faria Lima.

texto enviado por: Mario Lopomo