domingo, 7 de agosto de 2011

 Milton Geraldo Freitas Santos

 
O mais marcante da história da vida do meu pai foi o fato de ter vivido 60 anos de um casamento repleto de amor, respeito e felicidade junto de dona Alicinha. Dos 80 anos de sua vida, é possível dizer que a maior parte foi passada  ao lado de  minha mãe e quatro filhos, pois viveu exclusivamente para nós e para sua profissão. 

Por essa razão, muitas lembranças da infância que povoam minha memória o colocam em destaque. Dentre as mais gratas ficou o exemplo do seu amor a uma carreira . Ele sempre se orgulhou de ser bancário, profissão que levava a sério, quase como um sacerdócio, o que deve ter sido a principal razão do respeito obtido por ele no meio.

Quando pequena ia com ele muitas vezes à agência bancária, fora do horário de expediente, aliás muito mais extenso do que o de hoje, por vezes para alguma arrumação ou preparativos para festas, que aconteciam com a participação de todos os funcionários. Não sei exatamente o que os unia tanto e os fazia trabalhar com  tamanho prazer. Era evidente a animação reinante naqueles encontros, que para mim eram diversão, mas para eles era parte da rotina de trabalho. Só vários anos mais tarde fui perceber que a profissão de meu pai era desgastante e  enfadonha para muitos, não para ele e seus colegas.

Para ele a carreira era tão importante quanto a família,  melhor dizendo, o alicerce que a sustentava. Sei que meu pai se realizou como profissional e foi feliz sendo bancário durante muitos anos de sua vida. Ele nos deixou em 2006, mas permanece no nosso pensamento e coração.

Suely e seu pai no Viaduto do Chá - 1950

Milton Geraldo Freitas Santos,um exemplo de profissional, bancário - anos 60

toda família, quando éramos seis, Guarujá - 1964

Milton Geraldo Freitas Santos em sua cidade natal, Amparo - 1978

Suely e seu pai no Dia dos Pais, em Indaiatuba - 14/08/2005

texto e fotos enviados por : Suely Piedade Santos








7 comentários:

  1. Suely você escreve sobre o seu pai com muito orgulho, quisera todos os filhos pudessem sentir o mesmo pelos seus pais.Receba os meus parabéns

    Maria José

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  2. marta ovando obara8/07/2011 2:26 PM

    que linda historia de amor a dos seus pais, tanto tempo juntinhos..é um pouco da dos meus pais tambempois, viveram um amor intenso.Ainda bem que você Suely viveu nesta historia para contar.Parabens a você por ter tido o papai bom,honesto e trabalhador e ter vivido ao lado dele por todo esse tempo.Beijocas nos corações.Marta.

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  3. Suely querida vc bem sabe o quanto sou fã dos seus escritos e como gosto da imensa quantidade de fotos que vc tem.
    Essa sua foto passeando no Viaduto do Chá me fez lembrar dos passeios com o meu pai pelo centro.E o seu vestido que lindeza! Era assim mesmo que a gente se vestia para um passeio.
    grande abraço

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  4. É muito prazeroso partilhar história de minha vida com vocês. Fico agradecida a todos pelos elogios. Creio que o que nos inspira a escrever sobre nossos pais é a certeza que fomos muito amados por eles. Tomara meus filhos consigam ter recordações assim para contar no futuro.

    Grande abraço,

    Suely

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  5. Olá, Suely!

    Olhando suas fotos, senti tanta saudade de meu amado paizinho.
    Ele também nos levava passear pelo centro de Sampa, segurava nossa mão bem forte para não nos perdemos em meio a tantas pessoas que circulavam pelas ruas do centro...tempo bom!
    Muito bonita a história de seu pai e de sua família.
    Parabéns!
    Muita paz!

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  6. Meu pai também fez parte de um sonho chamado "Banco da Lavoura",ainda nos anos 50,e,eu como um bom cristão,penso que:"A vida terrena é um desterro,e a morte só serve para abrir a porta do Céu. Na medida que a família se desfaz na terra,se constitui no Céu para sempre".

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