terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

       A vida na Rua Inhambu
 
O ano era 1965. Mudamos, eu, meus pais e meus 2 irmãos p/ a R. Inhambú, nº 1840. Casa nova, nossa e vida nova.
        A  casa era de esquina, a última da rua, do lado direito de quem olhava da R. José Cândido de Souza. Depois da casa havia uma espécie de rua de terra e logo o "Córrego da Traição" (onde hoje é a Av. dos Bandeirantes), c/ suas águas num tom meio marrom e que me deixava apreensiva. Para atravessá-lo ponte não existia e, no lugar desta, um grosso cano de concreto. No começo eu e meus irmãos tínhamos muito medo de andar por aquele cano-ponte e íamos bem devagar, tomando todo o cuidado possível, mas isso foi só no início pois passados alguns meses, corríamos por cima do cano, como se estivéssemos em solo firme.
        A vida na R. Inhambú era 1 aventura: atravessávamos o córrego e do outro lado não haviam outras casas, apenas árvores, grama, folhagens, cavalos pastando. Penso que ali eram sítios e numa dessas árvores, alguém fez uma espécie de casa de madeira, bem presa, na qual subíamos por 1 escada de corda e degraus de madeira. Ali em cima sentíamos que éramos os donos do mundo e lá ficávamos brincando a tarde inteira.
        Cresci em meio a meninos pois, além de meus 2 irmãos, nas redondezas quase não tinha garotas. Por esse motivo, brincava de jogar bola de gude, subir em árvores, empinar papagaio, pega-pega, esconde-esconde, apostar corrida de bicicleta, descer as 3 quadras de ladeira da minha rua de carrinho de rolimã, enfim, tudo quanto é brincadeira de menino, uma delícia!!!
 
Escrito por : Mariangela Miller Porto

2 comentários:

  1. Mariangela

    Tenho certeza que bem guardadinho....ainda tem muitas histórias!
    Vamos aguardar.

    Obrigada

    marcia mai

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  2. Que Delicia Mariangela, Conta mais! Conta Mais!

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