segunda-feira, 8 de agosto de 2011

 Viva o Dia dos Pais                                 

Perdi meu pai muito cedo, ele morreu em junho de 1945 as 04h00min de lá matina (cedinho né) na época eu tinha apenas 6 anos e meio.

Naquele tempo os pais ainda não possuíam um dia, o dia dos pais eram mesmo todos os dias.
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Meu nome Arthur, eu herdei de meu pai que também era Arthur e graças a esse fato até hoje lá em casa eu sou simplesmente Tutu.

Meu pai já era escolado, na arte de ser papai, pois o mesmo era viúvo, com sessenta anos nas costas e possuía seis filhos ao se casar com mamãe.

E então já meio cansado ou então já aposentado, querendo apenas dormir ao lado de minha mãe, que tinha só vinte sete anos e ainda não estava muito madura, produziu só mais três filhos dos quais eu sou o caçula.

 Às vezes me lembro dele, passeando e me dando sua mão, e assim de mãozinhas dadas fazíamos as caminhadas pelas ruas da Freguesia.

Meu pai era marceneiro, pedreiro, eletricista, encanador, fazia de tudo um pouco e era um grande artista como encardenador, profissão que exerceu com arte e nela se aposentou.

Infelizmente com meu pai muito pouco convivi, só sei que ele era bom, carinhoso culto, educado, não dizia palavrão, não tinha vícios algum, e sua única fraqueza, digo aqui com toda a franqueza, era tomar como aperitivo um cálice de boa pinga antes do almoço a mesa.

E assim em 1945 quase ao final da Segunda Guerra, meu pai se foi dessa terra aos setenta e sete anos.

Pouco com ele eu vivi, mas muito com ele aprendi.

E assim paizinho querido, que de minha memória não sai, presto-lhe essa homenagem nesse dia de todos os Pais.


texto enviado por: Arthur Miranda

5 comentários:

  1. marta ovando obara8/08/2011 11:10 AM

    Arthur o importante é que você aprendeu muito pelo pouco que conviveu e esse amor todo sera eterno.abraços.

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  2. VoCÊ CONVIVEU MUITO POUCO COM O SEU PAI, MAS DE MUITO VALEU, pois o aprendizado que êle lhe passou tudo indica ter sito positivo.Gostei muito do jeito que voc~e escreveu sua história.

    Ivone Délia

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  3. Tutu, sempre emocionando a gente com seus textos. Linda hiomenagem a seu pai. Agora, como pai, você deve merecer todas as homenagens possíveis. Parabéns

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  4. Arthur,querido amigo!

    Quando meu pai se foi eu tinha 34 anos e ele 62...Mesmo assim, acho que foi pouco o tempo que convivemos,pois eu queria mais, muito mais.
    Sinto sua falta até hoje e sempre me lembro dele, assim como você, de seu pai.
    Linda a sua homenagem ao seu querido paizinho.
    Parabéns, Tutu.
    Muita paz!

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  5. Muito triste, Arthur. Perdi tb meu pai cedo, mas não tanto assim. Bela homenagem a esse pai com quem vc pouco conviveu mas marcou-o para empre. Abraços.

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