É muito difícil falar sobre o meu pai, não tenho lembrança dele, só sei o que minha mãe e todos os que o conheceram contam.
Ele nasceu em Atibaia, SP e era o caçula de uma família de muitos filhos. A mãe dele, uma mulher bastante severa e cheia de opinião,
tinha por hábito escolher que profissão cada filho teria na vida e queria que meu pai fosse sapateiro. Ele que tinha a quem puxar, não
concordou e veio para São Paulo, exercer a profissão que havia escolhido: Farmaceutico.
Minha mãe era uma jovem muito bonita e havia sofrido recentemente uma decepção amorosa. Morava com a família, nos fundos da
casa de uma senhora que adorava bancar a casamenteira, e achou que ele era ideal prá ela (nossa, como ela estava certa!). Um dia,
ele foi aplicar uma injeção nessa senhora e ela chamou a minha mãe, sem saber do que se tratava, minha mãe foi como estava, de
pijamas! imaginem o constrangimento. Mas ele gostou dela na mesma hora e pouco tempo depois, começaram a namorar, noivar e
finalmente casar.
Minha mãe diz que ele era muito divertido, excelente amigo, marido e pai. Aliás ser pai era o grande prazer da vida dele, ele rolava no chão comigo e com meu irmão sem se importar com a roupa que estava usando e nem se o chão estava sujo. Sinto tanto não me
lembrar desses momentos.
Dizem que sou muito parecida com ele, não só fisicamente, o temperamento também, e herdei dele o amor aos animais, ele era
Fisacal da UIPA(União internacional protetora dos animais)e guado com muito carinho a carteirinha dele.
Meu pai faleceu em 1959, vítima de um infarto fulminante, aos 38 anos de idade, deixando minha mãe com dois filhos pequenos
eu com 4 anos e meu irmão com 2 anos.
Tenho muito orgulho em ser filha dele, mesmo sem ter tido tempo de conhece-lo, por isso aproveitei essa oportunidade para prestar
essa pequena homenagem à ele, João de Carvalho, meu pai.
texto enviado por: Claudia Carvalho
Claudia singela sua homenagem parabéns
ResponderExcluirBernadete Melo
Muito sincera e carinhosa a sua homenagem. Parabéns!
ResponderExcluirLinda e comovente história. Não importa o quanto as pessoas estejam conosco, mas quão intensamente elas vivem os momentos juntos. Abraço. Lidia
ResponderExcluirClaudia com certeza seu pai está sorrindo, pois, você fez esta linda homenagem .abraços Marta.
ResponderExcluirBela homenagem a uma boa pessoa, precocemente desaparecida. Era até mesmo sócio, como nós aqui,da UIPA. Belo gesto!
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