quinta-feira, 10 de março de 2011

Tudo o que vivi em Moema nos anos 60
Consegui entrar em contato com dois grandes amigos de uma forma que me deixou realmente bastante emocionado. São eles, os irmaos, Ricardo e Mario Jorge, os quais nao vejo desde janeiro de 1971 quando meu pai resolveu se mudar para Belo Horizonte. Até hoje moro em Belo Horizonte, mas os tenho na lembrança por todos esses anos. Foram amigos (ainda são) como irmãos, nossas mães eram muito amigas. Dona Esther e Dona Iracema que entre outras me lembro que faziam tricot numa maquininha chamada lanofix. O dia inteiro uma na casa da outra tricotando e a gente na rua se esbaldando. Fiquei emocionado, senti o corpo arrepiado ao ler os comentários dos meus amigos. O (Tche) entre parenteses foi a gota dágua, nunca mais ninguem me chamou de Tche. Aí eu pensei: Foi verdade.... tudo aquilo que vivi em Moema nos anos 60 foi verdade...Aquilo realmente aconteceu... Da Jaboticabeira como poderia me esquecer?. Parecia um milagre aquela jaboticabeira, pois eram uns 20 moleques que subiam na marquise da casa pelo muro da casa do Bebeto e passavam o dia chupando jaboticaba(pleno verão). A gente pelava o pé e elas não acabavam, no outro dias sempre tinha mais. E elas ficavam na altura da gente sobre a marquise.Como chupar jaboticaba hoje em dia e não se lembrar daquela que foi A Jaboticabeira e consequentemente não se lembrar de quem estava com você naqueles momentos? De vocês meus amigos, me lembro muito e não sei dizer pq nunca nos vimos mais. Não sei dizer. Me lembro do pão com Ketchup, puro, só ketchup. Meu amigo Nikita era viciado nisso. Sentava na calçada e mandava. Me lembro do Chevrolet Bel-air 1956, que maravilha...Me lembro do barulho do carro quando o pai de voces chegava e jogava uma segunda no Bel-air....Inconfundivel... Alguns anos atrás (1987) eu comprei um bel-air 56 mas precisei vender. O Mário Jorge era Corinthiano roxo, doente, também né??... tinha Ado, Rivelino, Aladim, Mirandinha...Me lembro da bicicleta do Mario Jorge que foi comprada do Pedro que morava na Eucaliptos. E o campinho feito ao lado da casa do Nizio. Nós que fizemos, enxada,pá e picareta. Aquilo era um paraíso. O mundo poderia acabar. Lembro da galinha Baronesa, era ovo todo dia, lembro do Dunga que quase pegava a gente na entradinha da garagem para o fundo do quintal. Ele quase pegava. A gente sabia que não mas dava medo assim mesmo. A gente esperava ele ir pro outro lado e saia correndo. Da casinha de boneca da Lu. A unica menina que deixava a gente entrar em sua casinha. E é por isso que eu gostava muito dela, pq além de ser a menina mais linda que eu já vi em toda minha vida, era um doce de pessoa. Me lembro do dia em que ela antes de ir se apresentar no teatro Paulo Eiró, passou lá em casa vestida de bailarina. Quase morri, nunva vi nada igual na minha vida, ela toda maqueada, com aqueles olhos verdes, aqueles cabelos com umas mechas loiras mais claras... Meus amigos, se nao fosse a ideia absurda do meu pai se mudar para BH, certamente seríamos cunhados se assim a Lu quisesse, é claro...

Texto escrito e autorizado por Rogério Zanetti

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