terça-feira, 6 de março de 2012

REVISTA  ATITUDE  SÃO PAULO

UM  POUCO  DA  REPORTAGEM QUE FALA SOBRE  ÊSTE BLOG

Moema grandiosa também pelos seus índices

O luxo dos prédios e o glamour das lojas, dão lugar à simplicidade das lembranças, como “o senhorzinho que vinha todas as tardes vender o pão doce para o lanche” ou mesmo “a turminha do bairro, uma bagunça só! Todo final de tarde, as brincadeiras. Barra manteiga, amarelinha, perna de pau, pula corda, estátua, boca de forno, guerra de mamona, as primeiras e tímidas trocas de olhares entre os meninos e meninas”. Essas são as lembranças de Márcia Ovando, de 62 anos. Moradora do bairro quase a vida inteira, hoje ela mora fora de São Paulo, mas alimenta a memória de Moema em um blog que, na verdade, é bem colaborativo, pois nele há textos de sua autoria e de vários outros moradores, que, de um jeitinho ou de outro, ajudaram na transformação e na conservação de Moema, juntamente com suas famílias e que têm a oportunidade de escrever seus relatos, tristezas e alegrias com relação ao lugar onde moram. As mudanças do bairro ficaram marcadas em suas histórias, como a de Mariângela Miller Porto que se recorda da interferência que o Córrego da Traição teve em sua infância, quando o mesmo foi canalizado e transformado na Avenida dos Bandeirantes. “Foram anos de obras, o sossego acabou, assim como nossa casa da árvore, nosso cantinho à beira do córrego, com banquinho e tudo, os cavalos sumiram, enfim, era o progresso chegando”, relembra Mariângela. “Ajeitar uma tábua no córrego onde hoje é a Avenida dos Bandeirantes para atravessar com a bicicleta e ir passear do outro lado”, também era uma aventura e tanto para a escritora do blog Moema de Tantas Histórias, Márcia Ovando. Para ela, o bairro é especial porque nele ainda vivem muitas famílias antigas e que é possível encontrar pessoas queridas. “É possível tomar café na casa da dona Irany, bater um bom papo com dona Stella, e assim por diante”, declara Márcia. Lídia Walder, também compartilha lembranças especiais, quando conta que “na rua Arapanés, moravam meus avós, meu tio, a dona Tegna, uma judia que jogava no bicho todos os dias e tricotava luvas de linha finíssima, enquanto conversava com vovó”. O bairro de Moema é assim, grandioso pelos seus índices – moradores com alto poder aquisitivo, maior nível de escolaridade, menor taxa de homicídios na cidade e um dos primeiros lugares no ranking em lançamentos imobiliários de alto padrão, mas também é pequeno e aconchegante pela proximidade dos moradores; pelo Largo de Moema, que cerca a Igreja Nossa Senhora Aparecida e dá um ar de interior no entorno da região (aos domingos tem uma feirinha bem bacana); e pelo Parque do Ibirapuera, que abraça aquele pedaço da cidade com árvores, sombras frescas, um lago e áreas de lazer.

março /2012

5 comentários:

  1. marta ovando obara3/17/2012 12:00 PM

    É Moema com seus encantos, arvores floridas,gente passeando pelas ruas com bebes e cachorrinhos,muitas boutiques para belas compras e, apesar disso tudo, ainda parece um pouco interior, principalmente nos finais de semana por onde passam muitos bicicleteiros e isso me lembra infancia aqui no bairro de Moema.Valeu o texto.

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  2. Hoje no cabelereiro vi a revista e li a matéria, então resolvi conhecer o blog, parabéns

    Ana Maria Deler

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  3. Onde encontro essa revista?

    abraço

    Maria Amélia

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  4. acabei de passeaar pelo blog, moro na rua jacutinga e ganhei a arevista numa loja do bairro
    vou passar o endereço do blog para frente

    Ana Maris

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  5. Oi Mai, tudo tranquilo?
    onde consigo a revista? me passa 1 email, por favor

    Cristina

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