Minha boneca, eu e minha mãe Maria Aparecida em frente a casa dos meus avós na Alameda dos Arapanés
Um olhar de encantamento
Deve ser Natal ou qualquer outra data festiva, pois na foto, estamos na casa dos meus avós paternos Luiz e Deolinda Walder, na Alameda dos Arapanés quase esquina com Macuco – a casa ainda lá está escondida por um muro alto.
O ano é 1947, documentado no verso da foto com as palavras escritas por minha mãe: “Lidia com 2 anos”.
Ao fundo minha mãe, Maria Aparecida Walder, olha com imensa ternura para sua primeira cria, único encantamento então de sua existência.
O carrinho e a boneca devem ter sido presentes de Papai Noel e, sobre essa boneca a mãe lembrava sempre um fato sui generis.
Certa feita ela cozinhava e me ouvia balbuciar, sentada à porta da cozinha, algo que não lhe agradava. Aproximou-se e me viu tentando colocar o vestido na boneca, sem conseguir e repetindo uma palavra socialmente não aceita. Como eu sabia? Meu pai sempre teve “boca suja” como ela e eu, que não perdia nada, captei a palavra e seu uso adequado na hora certa.
Contava ela que se aproximou, perguntou o que eu dizia para ter certeza do que ouvia e com doçura me explicou que Jesus não gostava que as criancinhas falassem aquela palavra. Claro que não me lembro desse fato, mas lembro de que nunca, enquanto estive na casa dos meus pais, disse uma única palavra de baixo calão.
Lidia Walder
uma boneca e um carrinho de boneca era tudo o que uma menina precisava para ser feliz
ResponderExcluirAna Claudia
a mamãe encantada com sua filhinha, que carinha mais linda a sua Lidia Walder
ResponderExcluirabraço grande
marcia ovando
oO que mais me chama a atenção na foto é a elegancia dessa mamãe
ResponderExcluirMaria