sábado, 30 de abril de 2011

Avenida dos Eucaliptos, 144
  
Gama  jornais e revistas

Ana Maria e Homero Almeida
A banca existe desde 1996  e além de todos os jornais e revistas  é possível encontrar ali  com a Ana e o Homero, a qualquer hora um aconchego,um bom bate papo!
E para quem logo cedo costuma fazer as caminhadas pelo bairro pode ter como companhia o Homero que um dia sim e o outro também está sempre firme no seu propósito.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Avenida Macuco, ano 1946

 Meu pai em convalescença do tifo,adquirido num mergulho no Rio Pinheiros lá para os lados da Chácara Santo Antonio,onde havia pontos de areia,cuida para que eu não despenque do cadeirão enquanto minha mãe faz a foto. Do outro lado da rua,duas casas típicas da época,rentes à rua.Uma delas era a barbearia onde pela primeira vez meus cabelos foram cortados, isso,muito tempo depois, aí nem os tinha. Daquela feita,ao ver o barbeiro com a tesoura em punho, tapei as orelhas com as mãos e pus-mea gritar com medo que ele cortasse os meus brincos.
 Escrevendo isso agora tomo consciência de que amor aos brincos é uma característica que me acompanha. Não uso maquiagem,não pinto os cabelos, sou bem relaxada quando se trata de vaidade,mas nunca saio de casa sem brincos, é como se faltasse uma peça de roupa. Foi nessa rua em Moema, que até meus 4 anos e meio, morei numa casa de fundos.
Nossos senhorios eram os irmãos Crêem já idosos: João funcionário administrativo da Light, Leonor  organista da Igreja Metodista, Amélia dona de casa e Mario, professor primário aposentado e pastor da igreja Metodista, que eu chamava de avô.Vivia comigo nos ombros,contando histórias e ensinando-me hinos evangélicos.
 Todos os dias colocava-me sobre o muro que nos separava da chácara de verduras e cabras e durante horas conversava com o proprietário, seu José, um português de meia idade, muito simpático,que assim que me via exclamava:"Bom dia rica menina,como estás?".Eu gostava do jeito dele falar, que logo só falava o português de Portugal, para desgosto da minha mãe.
Aos domingos ia com meu pai à confeitaria alemã de seu Estegman,na Avenida Jandira,ao lado da casa Eurico de calçados.Comia uma bomba de chocolate e toda lambuzada ia ver o tanque de carpas vermelhas da indústria Aço Brasil, na Macuco esquina co m a linha do bonde,depois visitava a loja do Ernesto Cinquetti, parente distante da  Gigliola  e candidato a vereador. Cinquetti,muito bom, ajudava a todos. Foi ele que pagou a lotação para  meu pai, desempregado, trazer da Maternidade São Paulo,na Frei Caneca, minha mãe e eu, naquele difícil ano de 1945. Outra parada era na farmácia so seu Domiciano, um farmacêutico prático, curandeiro de todos nós. Foi ele que furou as orelhas e colocou meu primeiro par de brincos- isso não posso esquecer.
No quintal de nossa casa, moravam também dona Etelvina e seu filho Titico, que nas horas vagas tocava bandolim para mim. Bem próximo,na Rua Arapanés,moravam  meus avós, meu tio, a dona Tegna, uma judia que jogava no bicho todos os dias e tricotava luvas de linha finíssima, enquanto conversava com vovó. Havia também a dona Maria, enfermeira e massagista cujo filho suicidou-se e seu Dário, dono do armazém, que vendia fiado,"na caderneta". A Aço Brasil consumiu-se em um incêndio,acho que em 1948. A Casa Eurico ainda está lá, no mesmo lugar,vendendo calçado de tamanhos especiais, do Cinquetti, fui professora de uma sobrinha neta em 1988 e exceto meu pai, todos os outros já faleceram. Aquele pedacinho da cidade com seus moradodres amigos e solidários era o mundo que eu conhecia a parte da história de São Paulo que eu vivi que posso e devo compartilhar, sem saudosismo!

escrito por: Lidia Walder

Ana Maria  a avó de Lidia  morou na Macuco número 26 em 1929 e  a casa onde a Lidia morou hoje é o Hortifruti Oba.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Rua Normandia


Nasci em 1957. Acho que foi na Maternidade do Hospital São Luís, na Av. Santo Amaro. E desde então, até mudar com minha mãe e irmãos para Goiânia, em 1975, morei em um só endereço: Rua Normandia n. 33 – Moema. Era um quarteirão pequeno limitado pela Av. dos Eucaliptos e Alameda Cotovia. Éramos, portanto, vizinhos da fábrica de Q.refresco e chicletes Ploc. Lembro-me que uma vez por mês, funcionários da fábrica passavam de casa em casa distribuindo uma caixa repleta de produtos: chicletes, pirulitos, saquinhos de refresco, etc. De uma certa forma, a Rua Normandia era uma comunidade e os laços de amizade eram mais estreitos quanto mais próximos morávamos uns dos outros e minha infância, pré-adolescência e parte da adolescência passaram-se com a presença dos amigos da rua: Fernandinho, o IOW, o qual o milagre da internet permitiu que nos encontrássemos no espaço cibernético, o Paulinho Leporace (sobrinho do radialista Vicente Leporace e primo da Gracinha Leporace que integrava a banda de Sérgio Mendes), o Eduardo Saliba e irmãos (Vicente, Alexandre, Fauzi e Ana Lúcia), o Caito (filho do comentarista de futebol da Rádio Tupy, José Carlos Ávila Machado que em viagem ao rio de Janeiro, sofreu acidente na Dutra e sua esposa Elizabeth veio a falecer) e os irmãos Rodrigo, Renato e Silvana (linda) e o Toninho. Da Eucaliptos tinha o Sérgio Colela e da Gaivota tinha o Luis Otávio Paternostro, que viria a ser piloto de corridas (sua irmã Helô, casou-se com um da família Losaco e me parece que o filho, também, é piloto). E essa turminha, como toda turminha, fazia das suas: tocar campainha e sair correndo; chamar táxi e se esconder; nos sábados pela manhã, pulávamos a cerca de uma escolinha municipal que tinha por ali, e brincávamos nos balanços, escorregadores e todos os brinquedos que havia; ir para o riozinho (córrego Traição, onde hoje é a Av. dos Bandeirantes) e fabricar barquinhos com a casca do tronco dos eucaliptos e vê-los descer córrego abaixo; atravessávamos para o outro lado para buscar pequenas réguas defeituosas de uma fábrica de “metro” de marceneiro, com as quais construíamos o que viesse na imaginação. Havia uma ponte sobre o córrego por onde passava o bonde e pegávamos pedra e colocávamos no trilho só pra ver o que acontecia quando o bonde passava em cima. Eu e meu irmão Fernando, hoje médico cardiologista, íamos à pé até Congonhas e ficávamos na ala internacional procurando maços vazios de cigarros que os estrangeiros jogavam no chão, para enriquecer nossa coleção de marcas de cigarro. Lembro-me de quando a Rainha Elizabeth II veio a São Paulo para inaugurar o Laboratório Welcome, que ficava entre a Eucaliptos, Cotovia e Av. Sto. Amaro. Hoje, no local, foi construído um conjunto de apartamentos. A diversidade da Rua Normandia era algo interessante, havia médicos, advogados, comandantes de avião, gregos, portugueses, argentinos, mecânicos. Meu vizinho da casa 31, Seu Fernando, trabalhava na Phillips e depois que nos mudamos pra Goiás (minha mãe é goiana de Catalão) soubemos que a filha Patrícia fora assassinada. E na esquina da cotovia com Gaivota tinha a mercearia do Seu Manuel, português, esposo de D. Joaquina, também portuguesa e que depois transformou-se no supermercado São Manoel e mais pra baixo tinha a feira onde minha mãe fazia as compras. Ali pertinho, na Eucaliptos bem próximo da Ibirapuera tinha a Jardim Escola Nova onde estudei depois de ter saído do Napoleão de Carvalho Freire. Dois anos depois, em 1967 fui para o Ginásio Friburgo, na Rua Benjamim Constant, o bairro acho que era Campo Belo. Ia de ônibus, da viação Tânia. Mais tarde fui para o Col. Santo Agostinho, no Paraíso ia de Viação Moema. Nessa época o Metro estava em construção, na Av. Jabaquara, e o trajeto até o colégio demora uma década. Depois fui para o Santo Alberto, na Martiniano de Carvalho e ia, também, de Viação Moema. Na Av. Sto. Amaro íamos no Cine Guarujá, Cine Radar e Cine Vila Rica. Nessa época, a Pizzaria do Paulino era uma das mais famosas e costumávamos frequentar a loja da Av. Santo Amaro, em frente onde hoje tem uma Universidade e onde antes fora um Laboratório, o Mead Johnson. Quando meus avós e tios vinham de Catalão, hospedavam-se em casa e sempre nos dava um presentinho em dinheiro. Eu não perdia tempo, ía até a Casa Yara, na Santo Amaro, em frente ao Welcome e comprava o que pudesse de carrinhos Matchbox para minha coleção. Infelizmente não se pode parar o tempo, nem parar no tempo. O bonde da história tem que seguir seu curso mesmo que haja uma pedra no trilho. E o tempo foi passando, alguns prédios começaram a ser erguidos, as grandes redes de supermercado começaram a aparecer na área, veio o shopping Ibirapuera, a Normandia foi transformada em um shopping e, como diz a canção “na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais”...

Escrito por Silvio Lorenzi Netto
 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Velha Moema :

Nem era minha bicicleta mas adorava rouba-la de minha irmã e
buscar minha  mãe no trabalho.As ruas eram de terra e ir buscar minha mãe
significava buscar canudos de mamona para brincar de bolinhas de sabao na
atual Av bandeirantes onde havia um corrego e uma chacara,nao me lembro da
chácara mas do corrego sim, era lugar de aventura e descobertas muitas vezes
não muito agradavéis enfim...saia da nhambiquaras, virava na Tupiniquins e
pronto caminho livre,lógicamente encontrava com diversos amigos que na rua
brincavam de taco,bolinha de gude queimada e eu nao perdia a oportunidade de
brincar também, jogava a bicicleta no chão brincava por uma meia hora pegava
a bicicleta de volta e continuava o caminho...Bons tempos...
Muitas vezes adorava ir buscar linha zipper botões pra minha mãe isso era na
Sulamita na Av Ibirapuera passava sempre pela brindes Pombo,comprava o que
era preciso e voltava pela Jamaris sem antes dizer alô para o Sr Julio o
relojoeiro do bairo.Aos domingos :feira na Lavandisca e na volta comprar o
frango abatido na hora na Av Ibirapuera do outro lado da lojas Sulamitas.
Junho e Julho era mes de festa os vizinhos se reuniam e no minimo uma vez no
mes a festa rolava na rua ,muito quentao batata doce assada na foqueira bolo
de fuba muitos fogos estrelinhas baloes e sem esquecer das advinhacoes de
Santo Antonio.. era uma farra!!!!
Lembro das festas de 15 anos ...a turma da padaria ( esquina da Aratãns com
a Maracatins ) sempre invadiam as festas era confusão na certa!
Ahhhh...e os bailinhos na casa da Manja e no Cauí (clube que ficava na
Maracatins),muitos namoros que comecavam e muitos outros que se acabavam ao
som dos Beatles ,Ray charles ,Golden Boys RonnieVon ,Roberto Carlos Marcos
roberto etc...
Saudade... por andam esses rostos?!?!?! Marilisa,Arlete,Sonia,Roberto,Jose Augusto Nilton,Manja....Talves como eu pendurados
nos arranha ceus da nova Moema entrelacados na multidao do Shopping
Ibirapuera ou em cruzamentos do transito horroroso da Av Bandeirantes..com
as mesmas lembrancas a mesma saudade de um tempo que nao volta jamais...
escrito por Iara Schaeffer

terça-feira, 12 de abril de 2011

Aeroporto  de Congonhas
Foi inaugurado em 1936 e seu primeiro voo teve como destino a cidade
do Rio de Janeiro em um aeroplano da VASP.                                         
Nos finais de semana as pessoas vinham de  seus  bairros para um passeio  no
aeroporto e muitas  vezes  ali ficavam  por horas vendo os aviôes    partindo  e chegando.
Uma vez  ou outra quando alguns amigos depois   do   Levy vinham  almoçar em casa, por não ser
tão longe de Moema, íamos até o Aeroporto saborear o gostoso e famoso cafezinho.

Avião durante aproximação de pouso em Congonhas, visto da Avenida
Rubem Berta/Folha de São Paulo

Aeroporto /g1.globo.com /caderno de Economia e Negócios
foto de Daigo Oliva

Movimentação de passageiros na pista do aeroporto/foto:ano 1981
Folha de São Paulo
Taxis em frente ao aeroporto/1981 arquivo Folha de S.Paulo

aeroporto ano 1946/DC3 Linhas Aéreas Brasileiras
(de camisa branca amigo de Mario Lippi)
foto enviada por Ronaldo Lippi

Aeroporto ano: 1946   avião da Panair do Brasil
foto enviada por  Ronaldo Lippi
Movimentação de pessoas na pista do aeroporto/ano: 1960
foto enviada por  Ronaldo Lippi
Alameda Iraé residência de Humberto e Ester, tios de Ronaldo Lippi
Hoje é a saída do estacionamento da  Caixa. Os comércios à direita
ainda existem: lotérica, cabelereiro,bar etc...
foto de José Lenzi
foto enviado por Ronaldo Lippi

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Avião sobre  Moema

Avião sobre o bairro de Moema, se aproxima da pista do aeroporto de Congonhas

foto de : Paulo Pampolin/Hype

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Amor e amores

Meu pai Altivo Ovando,advogado, formado pela Faculdade do Largo de São Francisco, minha mãe Tina Ovando uma artista plena nas artes com os fios, linhas, tecidos, agulhas....
Meus filhos Thiago sentado no muro, Fabio no colo da vovó e Arthur em pé, encostado na vovó foto em frente a casa de nossa vizinha Teca Mendes
Ano da foto: 1975

sábado, 2 de abril de 2011

1964

Foto/video/oficina de tv?Universidade Federal de Minas Gerais/Luis Nassif online