segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Recordações



Boa tarde,

Participando de um grupo de Whatsapp de ex alunas (da mesma classe) do Ginásio Nossa Senhora Aparecida, cheguei no Blog sobre o bairro de Moema.
E quantas recordações me vieram à mente!
Meus pais construíram a casa onde nasci, na Alameda dos Pamaris, em 1953, com o constutor Sr. Lippi. Nasci no ano seguinte e passei a minha infância ali. Meus avós moravam na Jauaperi e quando comecei a frequentar a escola, Nossa Senhora Aparecida, em 1961, sempre ia de bonde. Naquela época, ainda não existia a Av. dos Bandeirantes e os trilhos do bonde passavam por uma ponte de madeira sobre o Córrego da Traição.
Ìamos à missa na Igreja Nossa Senhora Aparecida, onde também fui batizada. Depois de um tempo, passou a ter missa no pátio do Grupo Escolar, depois numa capela de troncos num terreno na Eucalíptos e só entao  começou a construção da Igreja Nossa Senhora da esperança, com a qual ajudamos. Seu primeiro páraco foi o padre Zanella.
Na esquina da Ibirapuera com a Avenida Moema, num terreno enorme onde fica um centro comercial, moravam 3 famílias dos Sonksen (da antiga marca de chocolate) eu e minha irmã brincávamos muito lá, pois éramos amigas de duas irmãs ( filhas de uma dessas famílias) que por sinal também estudavam no Nossa Senhora Aparecida.
Os avioes passavam por cima da nossa casa e o barulho era enorme. Quando depois de anos tivemos um telefone, às vezes tínhamos que pedir para a pessoa do outro lado da linha esperar um pouco para continuar a conversa, pois estava passando um aviao; e  conforme o modelo que passava, principalmente o Caravelle, a casa estremecia e as vidraças das janelas pareciam que iam quebrar.
E permanece até hoje a Base Aérea na Imarés (continuação da Eucalíptos).
Lembro da Fiação Indiana, que tinha uma escola onde estudou meu irmão. Da fábrica da K-Refresco.Um dia, não sei por que, descartaram um monte de pirulitos, embrulhados, mas ainda com as embalagens em tiras;meu irmão achou os pirulitos no mato e os levou para casa. Nunca comemos tanto pirulito, estavam perfeitos.
Impensável, nos dias de hoje!
E me recordo do comércio: a loja de ferragens e utilidades do  Sr.Gentil, na Imarés; a farmácia na esquina da Eucalíptos  com a Ibirapuera para onde corríamos quando havia um problema de saúde (era raro ir ao médico); Padaria Bel-Pão, bem na Avenida  Ibirapuera; a Casa Eurico (da qual se fala no blog) onde sempsre comprávamos sapatos; a loja de armarinhos da Av. Ibirapuera (creio que perto da Praça do Pombo), a Sulamita; a Padaria Carinás; Auto Escola Gastão (onde fiz minhas aulas) também na Carinás.
Mais tarde vieram Supermercado Argenzio, Tecelagem Lorena, Tecelagem Vânia.
Mas quando ficamos sabendo que havia o projeto da construção de um  Shopping Center, meu pai, que era avesso a muito movimento, vendeu a casa e nos mudamos.
Mas continuamos a frequentar o bairro. E hoje, eu e as amigas do Ginásio, sempre nos encontramos em algum restaurante ou barzinho em Moema.
Erika Carotta

texto enviado por: Erika Maria Kramer Carotta