segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Walter Walder

   
                                                     Walter  Walder          
                                              05/01/1920  27/10/2012   
Lidia Walder não importa a idade que tenhamos, pois   perder mãe, pai é perder o chão, o porto serguro, o sentido de tudo.
Acho que o sr.Walter Walder vai  continuar se deliciando pescando muitos peixes......
Os meus pêsames e meu abraço apertado.

Marcia Ovando                                                                

domingo, 28 de outubro de 2012

Tecelagem Lorena,na Alameda dos Nhambiquaras

                                      A nova entrada  da Tecelagem

                                    Essa parte do prédio da Tecelagem ja foi entregue
                                                                            

A Tecelagem Lorena fundada em 1961, assim como a loja Sulamita fizeram parte da vida de muitos moradores de Moema. A minha mãe dona Tina  dia sim e outro também lá estava ela fazendo compras tanto numa como na outra  loja.Houve um tempo  que também  reinou em Moema a Tecelagem Vania.
Depois de muitos anos a Sulamita fechou,depois fechou a Tecelagem Vania, mas a Tecelagem Lorena permaneceu firme e forte crescendo junto com o bairro ali nos seus quase 1500 m2. na Alameda dos Nhambiquaras, 1375.
Bastava  dona Tina,minha mãe entrar na Tecelagem Lorena para  logo ser atendida carinhosamente por uma de suas vendedoras.Nas famosas semanas do retalho uma das vendedoras  telefonava para mamãe avisando dessa semana especial. E ali na loja dona Tina fazia a festa!
Com o tempo a tecelagem foi se modernizando e acrescentando outros produtos para venda : armarinho , artigos de cama,mesa e banho e nos últimos  anos esses artigos foram tomando um bom espaço da loja.

Não com a frequência constante de minha mãe, mas passei  a comprar os meus tecidos na tecelagem.
Há alguns dias  precisei ir ao bazar Ana Maria  e resolvi atravessar a rua para ver as novidades em tecidos da  nova coleção de verão na Tecelagem Lorena e dei de cara com algumas portas e janelas fechadas , caminhei até uma pequena porta aberta e por ali entrei.Qual não foi o meu espanto e desapontamento quando fui informada de que quase todo o prédio já havia sido entregue e que a loja funcionaria apenas naquele espaço.Segundo o vendedor  dos quase 1500m2 a loja passou a  funcionar, somente naquele pequeno espaço. A pequena loja tem pouquissimos tecidos  e  um  alguns  artigos de cama,mesa e banho.
Sai da loja sem ter conseguido  comprar nada , com uma tristeza grande e  com a única indagação: o que aconteceu?
Ah! Moema  não será mais a mesma ,  que falta nos fará   toda aquela imensidão de tecidos expostos em diversas prateleiras, prontinhos para serem comprados!

Marcia Ovando

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Regina Cordovil


Esta é a capa do meu  segundo  LP.Foi tirada no Jardim Escola Nova(que ficava na Avenida dos Eucaliptos)...estavamos no segundo ano primário.Atrás de mim ,está a Suely Horta Duprat e a Laurita...Do me lado está a Aurea Chaib.Atras da Suely está o Flavio Simões, atrás do Flavio Simões está o Glauco Pereira de Oliveira(ele morava na Rua Normândia e a Aurea na Avenida dos Eucaliptos, esquina com a Rua Jauaperi) e tem um bracinho e metade de uma cabecinha a esquerda da Aurea que é o Flavio Cidade. As músicas que tem nesse disco, nós cantávamos no colégio.
ano: 1964

Regina  Cordovil




sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Um sorriso e tanto!

                                      Roseli  Nabarrete

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Alameda dos Arapanés


                 Minha boneca, eu e  minha  mãe  Maria Aparecida  em frente a casa dos meus avós na Alameda dos Arapanés                                                                       












Um olhar de encantamento
Deve ser Natal ou qualquer outra data festiva, pois na foto, estamos na casa dos meus avós paternos Luiz e Deolinda Walder, na Alameda dos Arapanés quase esquina com Macuco – a casa ainda lá está escondida por um muro alto.
O ano é 1947, documentado no verso da foto com as palavras escritas por minha mãe: “Lidia com 2 anos”.
Ao fundo minha mãe, Maria Aparecida Walder, olha com imensa ternura para sua primeira cria, único encantamento então de sua existência.
O carrinho e a boneca devem ter sido presentes de Papai Noel e, sobre essa boneca a mãe lembrava sempre um fato sui generis.
Certa feita ela cozinhava e me ouvia balbuciar, sentada à porta da cozinha, algo que não lhe agradava. Aproximou-se e me viu tentando colocar o vestido na boneca, sem conseguir e repetindo uma palavra socialmente não aceita. Como eu sabia? Meu pai sempre teve “boca suja” como ela e eu, que não perdia nada, captei a palavra e seu uso adequado na hora certa.
Contava ela que se aproximou, perguntou o que eu dizia para ter certeza do que ouvia e com doçura me explicou que Jesus não gostava que as criancinhas falassem aquela palavra. Claro que não me lembro desse fato, mas lembro de que nunca, enquanto estive na casa dos meus pais, disse uma única palavra de baixo calão.
Lidia Walder

domingo, 14 de outubro de 2012

Dia da criança, que presente dou pra minha ?

Desde que o criei, em janeiro de 2007, nunca fiquei tanto tempo sem escrever no blog de Flavia. Três meses. Mas esta pausa não significa eu ter desistido de lutar pela Lei Federal para Segurança nas Piscinas do Brasil. O cansaço é temporário, mas é constante minha disposição para cobrar das autoridades esta tão necessária Lei.

12 de Outubro - Dia da criança. O que dar de presente para Flavia? Tinha 10 anos quando o acidente numa piscina sem segurança lhe roubou a infância. 10 anos. Depois, 15, 20, e agora prestes a completar 25 anos os presentes que fazem bem à Flavia são, respeito, cuidados, amor, atenção e carinho. Como por exemplo o carinho transmitido neste texto já publicado aqui e  que em 2008, minha amiga e escritora Leila Jalul escreveu para Flavia e que com frequência releio para ela.


“SE EU FOSSE...
Um anjo, ainda que por uns momentos, iria visitar Flavinha, sussurraria palavras mágicas, faria cócegas nos seus pés e na barriga, como fazem as mães nos filhos pequeninos, pelo prazer de ouvir as gargalhadas dobradas. Não importaria que depois viessem os soluços, tivesse de fazê-la tomar três goles dágua para que o ugle, ugle parasse de vez. Não temeria sequer colocar-lhe na testa um fio de linha vermelha emboladinha e umedecida com saliva.

Se fosse um anjo, não esse de verdade que ela tem, mas daqueles que a gente conhece das pinturas nas abóbadas das igrejas, pequenininhos, entroncadinhos, passaria dias e noites sorrindo para, diante dos meus malabarismos angelicais, ela esboçasse ainda que um mínimo daquela alegria criança que tinha antes do sono que já se prolonga.

Anjo não sou, mas bem que poderia ser uma fadinha esplendorosa e faiscante, varinha mágica na mão direita, asas de libélula e traje de bailarina. Se fosse uma fadinha sobrevoaria nas dependências do seu quarto e, tal qual um beija-flor, pararia bem próximo ao seus ouvidos , recitaria versos e cantaria canções de encantamento, só para vê-la, preguiçosamente, tentar acordar.

Fada não sou.

E se fosse um palhacinho, ainda com meu coração triste, será que conseguiria? Roupas coloridas, maquiagem forte, exagerada, voz de paspalha, perguntaria e Flávia responderia, na mais velha das velhas tradições do circo:
- Hoje tem marmelada?
- Tem sim, Senhor!
- Hoje tem goiabada?
- Tem sim, Senhor!
- E o palhaço, o que é?
- É ladrão de mulher!
Será?

Sou sem graça, mas daria o melhor do meu espírito parvo para entregá-la e reintegrá-la à vida. Odele, Flávia e o irmão teriam muito o que conversar. Ririam juntos.
......”

Infelizmente Leila, passados quase 15 anos desde o dia 06 de janeiro de 1998, ainda não temos motivos para sorrir. Seja porque Flavia continua em seu sono sem fim, seja porque as autoridades também ainda não acordaram para o grave problema de falta de segurança nas piscinas do Brasil. A tão necessária lei, não só ainda não saiu, como  não se tem notícias de seu andamento. Por isso, neste dia 12 de Outubro dia de Nossa Senhora Aparecida padroeira do Brasil, em que se comemora também o dia da criança, um presente valioso para todas elas poderia ser a Lei Federal de Segurança nas  Piscinas. Criança feliz, é criança brincando em segurança.


FLAVIA VIVENDO EM COMA...

"Este blog,criado em janeiro de 2007, é dedicado à minha filha Flavia, e sua luta pela vida. Flavia vive em coma vigil desde que, em 06.01.1998, aos 10 anos de idade, teve seus cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina do prédio onde morávamos em Moema- São Paulo. O que aqui escrevo,é o relato verídico dos fatos a partir do acidente,até os dias de hoje. É um alerta sobre o perigo existente em ralos de piscinas. É um protesto contra a lentidão da justiça brasileira."
                                                                                                                          Odele Souza

blog: www.flaviavivendoemcoma.blogspot.com


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ser criança é.....

                        Mariângela Miller Moreira Porto e seu gato Sadinho  em 1963


Ser criança é:

"Ser criança é acreditar que tudo é possivel.
É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco.
É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos.
Ser criança é fazer muitos amigos antes mesmo de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.
Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser"

Glberto dos Reis                                       

domingo, 7 de outubro de 2012

Lembranças de uma avó

Minhas filhas, assim como todas as mulheres modernas, trabalham fora exercendo a chamada "dupla jornada”.
Por conta disso, estou sempre rodeada dos netos. Eles vêm em busca de um dengo, de ajuda nos trabalhos escolares e, principalmente, saborear alguns quitutes, típicos de "casa da vovó".
Mas, gostam muito, também, de ouvir as histórias que conto sobre minha infância. Desde o mais velho, com 20 anos, até o pequeno, com 7, divertem-se muito ouvindo os relatos das travessuras, das brincadeiras de rua, todas elas já conhecidas de todos nós. Eles gostam de saber os detalhes e já tive que contar a mesma história várias vezes.
 Outro dia, o menorzinho, Leonardo, hoje com 7 anos, olhou-me com tristeza e perguntou:
- Vovó, você não tinha play?
Expliquei a ele, que a rua era o play das crianças e ali nos divertíamos muito, brincando de "estátua", de "jogar sério" "jogar pedrinhas", brincadeiras que ele não conhecia. Inclusive, o teatrinho de rua, onde encenávamos pequenos roteiros ou sinopses, feitos pelos mais criativos. Também fazíamos as roupas dos personagens, com muito papel crepom, cola e purpurina. Tudo muito colorido.
Nossa plateia era formada pelos vizinhos, que traziam suas cadeiras e, ainda, nos aplaudiam muito. Depois, servíamos lanchinhos de pão de forma e água com groselha, comprada em litro, no Zé da venda.
 Meu netinho, ainda não satisfeito, tornou a perguntar: -E, também não tinha shopping?
Novamente tive que explicar que nosso shopping era ali mesmo, a céu aberto, aonde os vendedores vinham até nós para oferecerem seus produtos. Eram os mascates que vendiam roupas, vendedores de livros, os  verdureiros, o peixeiro, etc. Mas o que mais gostávamos mesmo, eram dos vendedores de  doce como o "quebra-queixo", "machadinha", "biju" e, principalmente, do vendedor de "sonhos e "maria-mole", com seu carrinho envidraçado e todo pintado de branco. Que delícia!
Além dos vendedores, tínhamos, também, os compradores. Uns compravam jornais e papelão, outros garrafas, metais, etc. 
E nós, (acho) iniciando a reciclagem, juntávamos todo esse material e ficávamos à espera dos compradores. Os cruzeiros e centavos, obtidos com essa transação, eram facilmente trocados por gibis, ou pelas delícias açucaradas descritas à cima.
Acho que hoe é difícl para uma criança, imaginar toda essa liberdade que tínhamos, pois as ruas, agora, são assustadoras.

Bernadete Pedroso

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Rio da Traição

Que legal. Voce morava ou mora bem perto da casa do palhaço Arrelia. Ele morava na
Praça Cel. Fernandes de Lima. São umas 3 quadras. Esse era o nosso caminho para as aventuras
na beira do corrego. Havia alí uma chacara que tinha um pé de castanha. Eram umas bolas espinhudas.
Nós só conseguiamos pegar as que estavam no chão. Nem sabíamos o que era aquilo. Meu avô contava
que o nome "traição" era devido a uma emboscada que um bandeirante sofreu do proprio filho, naquelas margens.
Acredito que vindos do litoral ou de Santo André da Borda do campo o Rio da Traição era caminho para o oeste.
Acho que já estou viajando mas pode ser verdade.

José Eduardo Soares